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Descrição

O ARTISTA-ANDARILHO DA AMAZÔNIA e o florejar de sua práxis-poiesis na festa popular Yomarley Lopes Holanda 14x21cm - 244 páginas ISBN - 978-85-5467-156-3 Este livro realiza uma abordagem investigativa sobre a práxis-poiesis da atividade artística na Amazônia, no âmbito da cultura popular. Trata-se de uma pesquisa doutoral tecida com os fios da interdisciplinaridade, sob a inspiração da dialógica moriniana, em conversação com a filosofia, a sociologia, a antropologia e as artes. O objetivo principal é o de problematizar o trabalho do artista popular que suplanta a ideia corrente de labor para sobreviver, tendo em vista que a sua vida não se esgota na realização dos ciclos biológicos. A condição de errância do artista remete ao nômade contemporâneo que compõe a sua existência a partir das múltiplas experiências adquiridas ao longo da jornada. O epicentro da pesquisa é a cidade de Fonte Boa, interior do Amazonas, seus barracões e ateliês onde se produz a tradicional festa dos bois-bumbás. São nestes espaços periféricos que os artistas-andarilhos, todos autodidatas, se encontram anualmente para tecer artisticamente uma narrativa visual sobre a Amazônia, constituindo-se também em sujeitos num processo autopoiético. A metodologia, ancorada numa perspectiva rizomática de conhecimento, concentrou-se em narrativas dos artistas colhidas no âmbito da criação da festa popular, acrescidas de fontes secundárias cotejadas com fotografias, poemas e canções, além das vivências e da observação in loco. Os principais resultados revelam que o artista popular vive numa crise de pertencimento, ele é um mediador cultural que faz rizoma, suturas simbólicas. A sua práxis-poiesis emerge conceitualmente como uma antiperipécia, já que se afasta da clássica divisão grega entre práxis e poiesis. O estudo assume relevância no âmago do processo de descolonização do pensamento, assinalando que esta práxis criativa transborda o limiar do trabalho enquanto exploração.